No desemprego por 26 milhões

José Mourinho, o mais bem sucedido treinador da história do Chelsea, rescindiu ontem o contrato que o ligava aos "blues" até 2010. Após várias horas de negociações em Stamford Bridge, o Special One, acompanhado do seu empresário, o agente FIFA Jorge Mendes, que se deslocou propositadamente a Londres para acertar os termos da desvinculação, chegou a acordo com Roman Abramovich, que aceitou pagar 26 milhões de euros, uma verba bem superior aos 23,4 milhões de euros que teria de desembolsar se o técnico português cumprisse o vínculo até 30 de Junho de 2010, isto porque recebia 7,8 milhões de euros por ano. Para que o entendimento fosse possível, Mourinho aceitou algumas cláusulas muito particulares. Uma delas obriga-o a manter confidencialidade em relação a tudo o que se passou no clube e numa outra o treinador português comprometeu-se a não treinar na Premier League inglesa. Estas duas cláusulas justificam a elevada verba paga pelo dono do Chelsea, isto num dia em que começaram a aparecer os primeiros rumores relacionados com o futuro do Special One, um deles dando conta da possibilidade de continuar em Londres para treinar o Tottenham, actualmente orientado por Martin Jol. Barcelona, que tem vivido um início de época abaixo das expectativas, e o Inter que ainda na quarta-feira perdeu em Istambul com o Fenerbahçe, foram ontem apontados como possíveis destinos de José Mourinho. Massimo Moratti, proprietário do clube italiano, já foi ontem confrontado com esta possibilidade, mas negou a contratação, apesar de nunca ter escondido a admiração que nutre pelo português.
Certo é que Mourinho vai descansar nos próximos dias, devendo deslocar-se ao Brasil para passar algum tempo de férias.